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As 3 Macro tendências da Comunicação Interna para 2020.

A temporada de planejamento 2020 ainda está em aberto e dá tempo de você conhecer as principais tendências para esse ano. A tecnologia, bem como características comportamentais no ambiente corporativo, vem mudando com uma velocidade expressiva e é preciso tomar cuidado para não ficar para trás, na contramão do avanço .

No mundo, os olhares desse ano estão voltados para temas como a inteligência artificial, internet das coisas, automação, segurança da informação e inclusão. Mas e para a comunicação interna, quais são as tendências? Hoje você vai conhecer as 3 principais macro tendências de 2020 que darão início a uma série de conteúdos completos, que serão lançados nos próximo meses.

Profissionais de CI são produtores de conteúdo

“Faça conteúdo com conteúdo, e não conteúdo por conteúdo”

Você já parou para pensar em quantas fontes de conteúdo você tem acesso por dia? Leve esse pensamento um pouco mais a fundo e tente se lembrar quantos deles você realmente prestou atenção. Em meio a essa avalanche de informações, é importante que produtores de conteúdo tenham em mente a importância do olhar crítico sobre o conteúdo distribuído.

Na comunicação interna o pensamento não é diferente. Para fazer uma comunicação bem sucedida é importante entender o propósito da mensagem, para então pensar em qual contexto e para quais pessoas ela será distribuída. Menos envio de comunicados e mais objetivos a serem comunicados.

Canais

Multi-canais não são a solução de todos os problemas. A diversificação é importante, mas só se o planejamento de conteúdo considerar o perfil do público, para determinar quais são os mais adequados a cada tipo de informação.

Você deve imaginar como faz sentido para o seu público receber cada tipo de mensagem. Se for uma campanha de extrema importância, que precisa ser assimilada por todos, vale pensar em uma distribuição por canais diferentes, com grande frequência e o prazo necessário para que chegue a todos da empresa. Mas nem tudo precisa de uma divulgação massiva, certo? Informações corriqueiras, devem ser tratadas com uma dinâmica e tratamento diferente para não banalizar canais. Crie rituais de comunicação para cada canal e não comunique de forma desenfreada. O engajamento tende a ser maior quando o público tem uma rotina de consumo de informação. Comunicar no lugar certo, significa poupar tempo do estrategista de comunicação e ainda sim, conseguir o engajamento esperado.

Curadoria

Criar conteúdo relevante para todos os canais mantendo periodicidade é um conceito bem simples, na teoria. Mas conseguir produzir material na escala necessária, pode se tornar um desafio quando se tem uma equipe enxuta, que acumula várias tarefas diárias.

A curadoria pode ser uma grande aliada para resolver essa questão. Permitir que os colaboradores sejam co-criadores do conteúdo disseminado pela empresa pode trazer resultados positivos tanto ao cronograma de comunicação, quanto ao engajamento dos funcionários, que terão acesso a informação pautada por seus colegas.

Descentralize o poder de comunicar. Existem informações que podem ser divulgadas pelas áreas de interesse, e esse movimento vai aliviar a rotina da CI para que possa focar em temas mais estratégicos. Você pode, por exemplo, criar um canal compartilhado dentro da sua organização, onde o setor de infra-estrutura poderá informar uma possível manutenção/instabilidade no sistema. Se a realidade da sua empresa permitir, este canal pode dar total autonomia para que as demais áreas comuniquem. Se achar necessário, a comunicação pode moderar o que é publicado por lá.

E porque não pedir sugestão de pautas de colaboradores? Afinal, são eles quem vão consumir a informação. Coloque a necessidade do colaborador no centro e explore os temas sugeridos com a expressividade necessária.

Consumo de informação

O informação muda com uma agilidade absurda e é preciso se manter atualizado. Para acompanhar a velocidade da mensagem já vimos canais super tradicionais sofrendo revoluções. Esse movimento já vem acontecendo há anos e impactou a maneira como consumimos notícias, educação e até como nos relacionamos com colegas. Passada essa adaptação de canais, agora é vez dos formatos de distribuição de informação serem atualizados também.

Repensar a comunicação dentro das empresas pode trazer benefícios tanto na entregabilidade da mensagem quanto no engajamento. Um modelo que vem sendo adotado por várias organizações é o de ‘pílulas de conhecimento’. As pílulas podem ser apresentadas em pequenos artigos ou vídeos. São capazes de qualificar equipes, se usadas como um modelo de ensino, ou repassar informações da cia em doses homeopáticas, de fácil assimilação.

Employee as hero

O conceito da comunicação de colocar o colaborador como protagonista não é novo, porém com os novos recursos, tanto tecnológicos quanto culturais, que temos hoje abrem novas possibilidades para se fazer isso. Uma maneira de fazer essa releitura, é se inspirar no conceito de “Influenciadores”, que é muito utilizado por marcas para criarem conexões com seu público alvo. Nesse exemplo temos uma intenção de vendas, ligado a comunicação, mas no cenário empresarial o relacionamento seria a finalidade dessa estratégia.

Já é comprovado que as pessoas tendem a credibilizar produtos e empresas quando existe uma “social proof”, ou seja, alguém com quem que eles se relacionam ou admiram, embasando uma ideia. Dentro da empresa os influenciadores podem estar nos mais diversos setores e cargos hierárquicos, o ponto em comum entre eles é que são formadores de opinião e são considerados ‘heróis’ pelos demais.

O novo perfil estratégico: O profissional que embasa decisões em dados e apresenta resultados

“A percepção de que a CI tem resultados intangíveis ficou no passado. Para provar relevância resultados são necessários”

O lúdico sempre vai fazer parte de uma estratégia de comunicação, mas o futuro da comunicação será aliar números ao processo criativo. A comunicação estratégica do futuro requer embasamento em dados e a comprovação de efetividade das ações.

Dados de ponta a ponta

Já pensou como seria mais produtivo iniciar um planejamento quando você tem noções do comportamento dos seus colaboradores representados em dados?

Segundo pesquisa pesquisa de tendências da comunicação, realizada pela Social base em parceria com Ação integrada, menos de 10% das empresas conseguem mensurar 80% ou mais de suas ações de comunicação realizadas.

Enquanto outro setores têm à sua disposição uma quantidade infinita de ferramentas de análise de dados, e até equipes completas, responsáveis por gerenciar toda essa gama de informação, quando falamos em comunicação interna ainda é comum relacionar a mensuração de estratégias à pesquisa de satisfação ou de clima. No marketing digital, por exemplo, é considerado indispensável analisar métricas em tempo real. Essa agilidade concede ao processo de comunicação uma oportunidade de se reinventar e aprimorar a tempo de gerar impactos positivos corrigindo falhas de comunicação e compreendendo o comportamento do público com cada interação lançada.

A análise de resultados vai trazer novos insumos para o planejamento de comunicação e como bônus, ainda vai ajudar a comprovar para as demais áreas da companhia a importância da comunicação interna

Perfil analítico – profissional de humanas também precisa de dados

A nova buzzword do momento é “data driven”. Você já deve ter lido ela na descrição de alguma vaga, como requisito básico para um profissional participar do processo seletivo. As organizações buscam por profissionais que sabem trabalhar com dados, independente da área de formação. De nada adianta a inclusão de dados e métricas no processo de comunicação se as equipes não contarem com profissionais analíticos a frente da estratégia. Com a enorme gama de dados que podem ser coletados, é importante a análise e cruzamento destes para se chegar a conclusões pertinentes ao negócio, esse é o desafio do big data.

A falta de dados fez com que, por muito tempo, a comunicação interna fosse uma área que atuava sob demanda. Com as oportunidades de mapeamento de comportamento e cruzamento de dados, o futuro caminha para uma profissão muito mais pró-ativa. Analisando dados e propondo melhorias em pontos da estratégia de comunicação antecipando demandas

É importante que a área de CI esteja alinhada com os objetivos gerais da cia, mas também existe uma grande possibilidade de que, no futuro, com o suporte da análise de dados os estrategistas de comunicação interna poderão pontuar novos objetivos macro e soluções de comunicação a longo prazo, para melhorar pontos de dor da empresa.

A era da experiência: além de comunicar é preciso se destacar

“Crie conexões reais e comunique com verdade”

Nunca se falou tanto em propósito, como nos últimos anos. Seja geração Y ou Z, as pessoas não buscam mais por um emprego, elas querem um propósito. Nesse contexto, a maneira como sua empresa vai demonstrar que se importa e valoriza os colaboradores pode ser uma das chaves do employer branding.

Autenticidade e conexão

Não existe fórmula mágica para engajar colaboradores, mas falar a verdade e criar conexões reais pode gerar um resultado próximo à perfeição. Pense em conteúdo simples e rápidos de produzir, coisas que realmente importam no dia a dia da empresa. Aproveite assuntos de buzz para fazer uma ação. Demonstre que a empresa está realmente presente na vida dos colaboradores e mostre que as portas estão abertas para um diálogo de duas vias. Para criar esse relacionamento vale se desprender dos modelos tradicionais e padronizados da comunicação.

A comunicação de massa já aprendeu uma das chaves da conexão, e passou a usá-la com bastante frequência. Demonstrar vulnerabilidade ao invés de perfeição, além de gerar empatia é capaz de humanizar marcas. Assumir erros e pedir desculpa demonstra transparência, e nada melhor do isso para trazer seu público para perto.

Tecnologia a favor da personalização

Em tempos de inteligência artificial e automação pode parecer estranho falar em uma tendência sobre personalização. Mas, um contato mais humanizado se faz tão importante justamente pelo cenário tecnológico que nos cerca, pois será um diferencial ao robotizado e a comunicação de massa.

Na última década, o people analytics se tornou um assunto popular. Grandes bases de dados que armazenam informações dos colaboradores e podem dar insumos para as área de RH e CI criarem interações mais personalizadas.

Entenda o perfil comportamental das pessoas com as quais está se comunicando. Busque dados que embasam o envio de um conteúdo para o público X que não será enviado ao público Y. Monitore se os canais utilizados tem engajamento de todos, e retroalimente essa base de dados. Quanto mais insumos você tiver, maior a chance de planejar uma comunicação que faça a diferença. A tecnologia também pode aproximar pessoas.

Employee experience

Pense em todas as etapas vividas por um colaborador dentro da sua organização: Como ele está sendo acolhido após a contratação? Quais são as áreas com as quais ele vai interagir em sua rotina? Ele tem informações suficientes sobre o funcionamento da empresa? Ele vai receber feedbacks sobre sua performance?

Todos esse pontos devem ser mapeados durante a construção da jornada do colaborador. Assim como uma jornada de compra ou ‘do cliente’ o objetivo deste levantamento é entender possíveis pontos de melhoria e aperfeiçoar para que seu público, seja ele externo ou interno tenha a melhor experiência possível com a empresa.

Caso você ainda não tenho uma jornada definida, pode ser uma ótima oportunidade para começar a planejar com foco em dados. Pesquise junto ao público quais são as ‘dores’ e sugestões de melhoria. Assim, quando sua jornada estiver pronta e otimizada, você poderá comparar os resultados e reforçar a importância da CI dentro da sua organização.

Os desafios são grandes, mas a realidade é que o setor da comunicação interna está passando por uma revolução e quanto antes essa adaptação for feita na sua empresa, mais cedo será possível verificar os resultados na prática.

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